sábado, 5 de março de 2011

Divulguem!

Foto Gisele Winther

AMARGO

   



                        Um casal. Caixas no chão. Objetos separados. Uma lembrança que lateja no pensamento. O tempo que não para. Amargo traz a realidade de duas pessoas que viveram uma única historia para um lugar que não remete a nada, que remete ao nada. Um passado que está no ar, solto como uma poeira e que pode desaparecer num sopro de lucidez unido a um suspiro de insanidade.
                        Se você pudesse esquecer o que você esqueceria? Lembranças que pretendemos nunca mais lembrar são as mais latentes nos nossos pensamentos. Um casal que passa a vida juntos, mas que nunca se conheceram de verdade, entram em uma reflexão profunda sobre o ser humano e sua mediocridade. Falar sinceramente o que sentimos não é uma fácil tarefa quando não sabemos exatamente se o nosso ouvinte irá receber de forma ideal. Ruídos entram no meio da comunicação e distorcem o que falamos.
                        Um universo amargo, difícil de estabelecer uma convivência ideal, se encontra o casal desse espetáculo. Num clima de separação ELE e ELA se encontram para dar um fim a essa relação. Falamos de relações humanos independentemente de amor.
                        Partimos de textos de casais de autores consagrados como Pedro Bloch, Eduardo Pavlovski, Tenesse Williams e contos de Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector e outros para formar a dramaturgia desse espetáculo.  

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