sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

MUSICA 2 - AMARGO


AMARGO - ZECA BALEIRO
O vinho podre que escorre das xícaras
O mel amargo, o meu coração
De onde quer que tudo venha
Tudo irá pra onde nada nunca se alcança
De onde quer que tudo venha
Tudo irá pra onde nada nunca se alcança
Tenho a memória de tudo que existe
Tudo que é triste e alegre ou não
Eu guardo as flores mortas na sala
Eu faço sala pro tempo
Eu guardo as flores mortas na sala
Eu faço sala pro tempo
Ainda que tarde, agora que é tarde
Sempre é cedo, cedo
Ainda que tarde, agora que é noite
Eu sinto medo...

CASA HOFFMANN - LOCAL DE APRESENTAÇÃO FTC 2011



ENDEREÇO

Casa Hoffmann - Centro de Estudos do Movimento
Rua Claudino dos Santos, 58 - Largo da Ordem - Setor Histórico
(41) 3321-3228
danca@fcc.curitiba.pr.gov.br

A Casa Hoffmann é a sede do Centro de Estudos do Movimento, que se destina à exploração de novas estéticas do movimento, sendo um local de referência para artistas e outros profissionais com atuação nas áreas de dança, teatro, artes plásticas e educação. As atividades contam com a infraestrutura necessária ao desenvolvimento artístico, apoiadas em biblioteca, videoteca e cursos ministrados por artistas e pensadores renomados, com abordagem de temas variados, entre eles a crítica da dança, estética, filosofia e design cênico.

HISTÓRICO

Construída pela família Hoffmann, em 1890, a casa é símbolo da prosperidade de uma família de tecelões austríacos que se mudou para o Brasil no final do século XIX. O imóvel também constitui marco arquitetônico da transformação urbana que Curitiba viveu na virada para o século XX. Habitada pelos Hoffmann até 1974, a casa depois foi alugada e sofreu diversas adaptações, até ser destruída por um incêndio, em 1996. Apenas as paredes externas e a fachada foram mantidas. O imóvel, catalogado como unidade de interesse de preservação do município, foi totalmente restaurado e desde 23 de março de 2003 abriga o Centro de Estudos do Movimento.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Festival de Curitiba



Vem aí o Festival de Teatro de Curitiba 2011 em sua 20º edição.
De 29 de março a 10 de abril.

Ingressos a venda a partir do dia 15-02

AGUARDEM!!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MUSICA 1 - Eu te amo

EU TE AMO
Chico Buarque de Holanda



Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

ESSA MUSICA FAZ PARTE APENAS COMO MATERIAL DE PESQUISA DESSE ESPETACULO

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Filme 2 - Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

12 de janeiro - Casa do Paulo


Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

  título original:Eternal Sunshine of the Spotless Mind
• gênero:Comédia Romântica
• duração:01 hs 48 min
• ano de lançamento:2004
• site oficial:http://www.eternalsunshine.com/
• estúdio:Blue Ruin / This Is That Productions / Focus Features / Anonymous Content
• distribuidora:Focus Features / UIP / TriStar Pictures S.A.
• direção: Michel Gondry 
• roteiro:Charlie Kaufman, baseado em estória de Charlie Kaufman, Michel Gondry e Pierre Bismuth
• produção:Anthony Bregman e Steve Golin
• música:Jon Brion
• fotografia:Ellen Kuras
• direção de arte:David Stein
• figurino:Melissa Toth
• edição:Valdís Óskarsdóttir
• efeitos especiais:Custom Films Effects


elenco:
Jim Carrey (Joel Barish)
Kate Winslet (Clementine Kruczynski)
Gerry Robert Byrne (Condutor de trem)
Elijah Wood (Patrick)
Thomas Jay Ryan (Frank)
Mark Ruffalo (Stan)
Jane Adams (Carrie)
David Cross (Rob)
Kirsten Dunt (Mary)
Tom Wilkinson (Dr. Howard Mierzwiak)
Ryan Whitney (Joel - jovem)
Debbon Ayer (Mãe de Joel)
Deirdre O'Connell (Hollis)



Brilho eterno é um sofisticado filme de entretenimento, que, como todo bom filme, traz algo a mais além daquilo a que ele se presta. Não aprofunda nos temas interessantes que traz, mas isso não é esperado, por ser um filme de entretenimento; o importante, e surpreendente, é que ele os traz (e não apenas os joga de modo superficial com pitadas de moralismo norte-americano, como seria esperado).
Para que não se diga que só dei 10 ao filme porque esperava uma comédia romântica vagabunda e me assustei, o fato é que o filme passou na tv e, por ser um título conhecido, resolvi assistir, sem ter a menor idéia do que se tratava; não sabia nem que era com o Jim Carrey (o que, afinal, não significa nada, porque ele fez bons filmes, como O Show de Truman, e PÉSSIMOS filmes, como O Todo Poderoso e outros que não merecem nem citação).





De início já gostei da abordagem intimista que o filme traz, e que ele mantém constante durante toda a projeção. Jim Carrey está sério e introspectivo, destoante do personagem convencional (bobo alegre) que ele mantém em seus filmes, e do qual traz vestígios até em seus filmes sérios como O Show de Truman. 
Então gostei do modo como foi sendo construída a relação de Joel (o personagem de Jim Carrey) com Clementine (Kate Winslet) no trem(?), os jogos de frases, o modo como a afeição vai surgindo (“por que me apaixono por toda mulher que me dá um mínimo de atenção?”), ela gosta dele aparentemente à-toa. Depois o filme entra num emaranhado misterioso, a sequencia temporal se perde, o mundo palpável também, o telespectador não entende muito bem o que está acontecendo. Então se constrói uma cadeia de imagens e sons, convenções se quebram para montar uma trama perfeitamente elaborada e hipnótica. E o quebra-cabeça se completa no final. E tem-se um filme que entrerte, diverte, e também discute questões como ética profissional, as proporções catastróficas de interferência na vida que a ciência e a tecnologia têm tomado, enaltecimento do amor realista (que é cheio de conflitos e defeitos, mas talvez valha a pena) em sutil oposição ao amor idealizado (não há um “beijo apaixonado típico à la Hollywood”, nem na cena final, o que, confesso, num primeiro momento consternou até mesmo a mim), a perda de identidade (simbolizada na figura de Patrick, interpretado por Elijah Wood, que se aproveita da posse das lembranças de Joel para copiar/roubar a sua personalidade) e o fato metafórico de que apagar a memória não significa apagar o sentimento.


O ponto mais inovador do filme é que sua trama se passa, na maior parte do tempo, não no plano real, mas na mente de Joel, e é totalmente coerente com isso ao quebrar convenções de tempo e espaço que, afinal, não existem na mente humana. Somando-se isso à tentativa do personagem de escapar à própria mente, numa tentativa desesperada de salvar as próprias lembranças (que pôs em sacrifício num momento em que acreditou que, de algum modo, isso serviria de retaliação a Clementine, embora na prática ela não fosse nem saber disso), e tem-se um emaranhado extremamente atípico de ambientações, de épocas, de acontecimentos, que se intercalam e se sobrepõem. O resultado da quebra de tantas convenções são cenas fantásticas como o Jim Carrey na ponta do pé tentando alcançar a geladeira e ele e Clementine conversando normalmente em uma casa que está desabando.
O final do filme traz uma situação interessante. Joel e Clementine sabem que, se continuarem juntos, enfrentarão uma infinidade de problemas conjugais. E é como se simbolizasse todos os casais, pois isso é algo que, de algum modo, mesmo que se negue, todos sabem, ou ao menos sentem. Os dois irão até chegar a se odiar, não vão ser felizes pra sempre. Joel diz: “ok”. E Clementine ri. Ok.


Filme 1 - EU SEI QUE VOU TE AMAR


10 de janeiro de 2011 - Casa da Keila

Eu sei que vou te amar - Arnaldo Jabor
Um casal se reencontra depois da separação. O que dizer e, principalmente, sobre o que calar?
Tensa, cruel, apaixonada - a discussão da relação flutua entre mentiras gentis e verdades duras de ouvir, confissões e delírios. O abismo entre o que se diz e o que se sente pode ser superado?
Escrito a partir do filme homônimo, sucesso inesquecível de público e crítica, Eu sei que vou te amar é um diálogo de amor, com todas as artimanhas, os medos e a paixão com que hoje identificamos as DRs - as discussões da relação entre os casais, sempre diferentes, sempre as mesmas.

Trecho do livro:

"Eu sei que minha presença te fará nervosa, tuas mãos ficam úmidas, sei que você se arrumou melhor para me ver, sabe dos vestidos que eu gosto, botou uma calcinha sexy por via das dúvidas, eu sei que você sabe que eu sei de tudo que você era e que teu único tesouro é o que eu não sei mais... mulher... por isso, teu peito dispara e você vem vindo pela rua sem ar, e você vem e você chega e entra quebrando o realismo da sala, quando você entra muda tudo, a casa fica diferente, as cadeiras se movem, os vasos de    rosa voam no ar, as mesas rodam, rodam e eu começo a perder o controle da minha solidão;"

"...me arrumei toda para vir aqui ver você... penteei os cabelos negros que você ama, me pintei e então... tudo se movia na casa se acalmou, pego um táxi e penso: "Tenho um homem" ... Desde menina você já existia como uma nuvem no ar e subo confusa as escadas e entro em tua casa louca para procurar os vestígios das outras mulheres que te frequentam... e sei que você vai me receber sólido e filho-da-puta, e aos poucos vai me provar que você é o porto seguro e eu a galera enlouquecida, que eu sou a porra louca e você a maravilha, eu sei, canalha, mas eu suportarei a humilhação para poder ver teus olhos e pensar: "Meu homem, meu homem, meu homem perdido e sempre eternamente meu homem"... e eu sei que conseguirei te desagregar pouco a pouco e que no fim da noite você estará caído feito um joão-ninguem entre pedaços de kriptonita e eu ajeitarei o batom, o salto alto e partirei vingada, pensando: "Dorme, meu homem... dorme, my baby, that's my boy"



FICHA TÉCNICA
Diretor: Arnaldo Jabor
Elenco: Fernanda Torres, Thales Pan Chacon.
Produção: Helio Paula Ferraz, Arnaldo Jabor
Roteiro: Arnaldo Jabor
Fotografia: Lauro Excorel
Trilha Sonora: Christoph Gluck, Maurice Ravel e Giuseppe Verdi
Duração: 110 min.
Ano: 1986
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Embrafilme
Classificação: 16 anos

LINHAS

ELA esta aqui para ELE assim como ELE so existe para ELA. Se voce pudesse esquecer o que voce esqueceria? Uma pergunta latente no pensamento faz um relacionamento ruir. Amargo é a sensação humana de quando estamos à beira de um precipício onde a nossa própria existência tem o desejo de morte. Eles são dois mas se amarram em uma solidão que os deixa uno, vivendo a inércia de um desejo reprimido eternamente.